“Se uma camisa branca e preta estiver no varal num dia de tempestade, o atleticano torce contra o vento” (Roberto Drummond)
Não, não sou atleticana! Infelizmente! Porque queria eu viver uma paixão futebolística seja lá a cor do time. Só assisto aos jogos do Brasil na copa, não sei nome de jogadores, até hoje não entendi direito o tal do impedimento, mudo de canal quando começa os programas de esporte.
Cresci em meio a uma família materna de simpáticos cruzeirenses e uma família paterna de ardorosos atleticanos. Acabei não ficando em nenhum dos lados, acho que sempre gostei de um entre-lugar. Diante da minha total ignorância futebolística de achar que o nome "Cuca" sugere apenas uma personagem do Sítio do Pica-pau Amarelo criado por Lobato e não o novo treinador do Cruzeiro , gostaria de confessar uma admiração: Sou encantada pelos apaixonados! A paixão dos adolescentes que declaram amor eterno sem saber que ainda há muito para viver, a paixão dos fãs que confudem o ídolo com todos os seus próprios sonhos, a paixão dos pais de primeira viagem ao verem o sono calmo dos filhos, a paixão da menina com seu primeiro diário, a paixão misteriosa que às vezes sentimos por uma música que fica por dias tocando na nossa mente, o olhar apaixonado do cão pelo seu dono...e a paixão em preto e branco dos atleticanos.