A fundura da queda
Há 5 anos
Este blog foi criado para enaltecer as ternuras cotidianas: sublimemente simples. A ternura que consiste em ver o ligeiro instante com olhar apurado e deslumbrado da criança. Os simples escritos deste espaço nascem do desejo de registrar e compartilhar as vertigens que tenho ao ver tudo que é belo; e também traduzir dilemas bem femininos e um punhado de medos bem humanos. Mais contemplação do que criação, aqui guardo a dose, quase diária, de meus sutis espantos.

Difícil distinguir qual cena seria a mais densa do filme. Mas o tic-tac do relógio interno da personagem Daisy, escancarado no seu olhar que sucumbe à dor de enxergar um Benjamim cada vez mais menino, enquanto ela sente o rastro do tempo em cada nova ruga, não me deixou parar de relembrar os versos de Cecília Meireles...