terça-feira, 17 de abril de 2012

Fato consumado

"Se toda hora é hora
De dar decisão
Eu falo agora
No fundo eu julgo o mundo
Um fato consumado
E vou-me embora" (Djavan)

Ando nostálgica ultimamente...
Aquela mistura estranha de saudades de coisas que nem vivi e melancolia. Às vezes por causa de uma fachada de uma casa, uma ruela empoeirada, um samba antigo, um verso banal. 
Talvez pelas pressões que passei nos últimos tempos, pelo passo importante que vou dar daqui a pouquíssimos dias, só sei que ando saudosa das tardes preguiçosas da adolescência, de ter tempo para conversar com as amigas e de ler... sem obrigações... apenas para buscar o prazer das palavras. Apenas para penetrar o silêncio e tentar me encontrar.
Passei uma tarde de domingo maravilhosa com amigas e familiares. Que delícia reconhecer em cada história e olhar a amizade. Tão Bom ser paparicada e receber votos sinceros de felicidade. Melhor ainda é saber que a vida vai adicionando coisas novas, cenas inusitadas que, aos poucos, também vão se integrando a minha história.
Mas hoje, só um pouquinho, deixo as obrigações, medos e metas para ser nostálgica. Cantarolar os versos de Djavan que dançava sozinha na sala e pensar numa época em que ser 'adulto' e ter 30 era algo tão distante quanto a lua.

Um comentário:

  1. Dai, as vezes me assusto sendo mulher de trinta e uns... esposa e mãe... afinal, em q momento nos tornamos capazes? Não se tratam apenas de questões hormonais ou físicas, é algo bem maior, tão grande q assusta...

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